Extensão do gelo marinho global foi a menor já registada em janeiro, aponta novo relatório

A extensão do gelo marinho na Antártida foi a mais baixa já registada em janeiro e, no Ártico, a terceira mais baixa, de acordo com uma avaliação de dois organismos que monitorizam o clima.

A avaliação foi realizada pelo serviço sobre mudanças climáticas do programa europeu Copernicus e o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês), e divulgada esta quinta-feira pelo portal ONU News.

Segundo o NSIDC, combinados, os dois hemisférios estabeleceram um recorde de baixa extensão total do gelo marinho global.

Os especialistas apontam, no entanto, que estes dados não significam necessariamente uma tendência e que a situação pode ser causada por variabilidade relacionada com o clima.

Já sobre a temperatura, os dados revelam que os últimos oito anos foram os mais quentes já registados.

De acordo com a Copernicus, janeiro foi o sétimo mais quente em geral e o terceiro mais quente da Europa, que testemunhou temperaturas excecionalmente amenas no dia de Ano Novo.

 

A extensão do gelo marinho e a temperatura são indicadores climáticos utilizados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nos seus relatórios sobre o "Estado do Clima Global".

Os dados apresentados pela OMM também apontam que o Ártico está a aquecer duas vezes mais rápido que a média global. Como resultado, o gelo marinho recuou dramaticamente ao longo dos 44 anos de registo de satélites.

Desde 1979, janeiro perdeu 1,89 milhões de quilómetros quadrados, o equivalente a cerca de duas vezes o tamanho da Alemanha.

 

Regionalmente, a extensão do gelo marinho permaneceu particularmente baixa no mar de Barents e abaixo da média no mar de Okhotsk, no mar de Bering e no golfo de São Lourenço, salienta ainda a ONU News.

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