METAVERSO E SUSTENTABILIDADE

A moda digital, que permite a criação e o compartilhamento da produção de marcas sem a necessidade de fabricar itens físicos, abre novas oportunidades de negócio no setor —entre elas o desenvolvimento de peças conceituais e a implementação de processos sustentáveis.

Impulsionadas pelo avanço da Web 3.0 e dos ambientes imersivos, empresas de roupa, acessórios e sapatos virtuais têm ganhado espaço. As possibilidades desse novo mercado foram discutidas durante o seminário Web 3.0 e Metaverso, que foi promovido pela Folha e pelo Itaú Cultural nos dias 4 e 5 de julho.

Henrique Assis, cofundador do Studio Acci e um dos participantes do evento, conta que a ideia de fundar a empresa de moda digital surgiu ao identificar um problema trazido pela pandemia.

 

"Muitos tiveram que parar seus processos de desenvolvimento criativo por conta do distanciamento social e do lockdown —uma marca de vestuário não conseguia, por exemplo, fotografar suas criações", afirma.

 

Ele, que é publicitário, se juntou à amiga de infância Letícia Motta, formada em moda e especializada em desenvolvimento 3D. Ela já trabalhava para marcas europeias em Milão, onde a criação para o universo digital é mais aceita. Juntos, pensaram em oferecer aqui o tipo de produto com o qual Motta já trabalhava no exterior.

 

"O digital, fora do país, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, sempre foi estudado e usado por grandes marcas, em seus processos internos e de comunicação", diz Assis.

 

Avatar do Henrique Assis, cofundador do Studio AcciAvatar do Henrique Assis, cofundador do Studio Acci

O digital, fora do país, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, sempre foi estudado e usado por grandes marcas, em seus processos internos e de comunicação.

 

Henrique Assis - Cofundador do Studio Acci

 

Mesmo durante a pandemia, empresas estrangeiras seguiram compartilhando seu conteúdo e algumas passaram a realizar parte de seu desenvolvimento de forma virtual.

 

"Elas não pararam de produzir e comunicar, se moldaram ao cenário e utilizaram recursos e possibilidades disponíveis naquele momento", afirma o publicitário.

 

No início, os amigos investiram em criações autorais de moda e comunicação. Um ano depois, passaram a divulgar seus projetos, atraindo marcas nacionais e internacionais

 

Os prImeiros clientes do estúdio tinham dois objetivos: não parar a produção na pandemia e copiar o que já era feito fora do país. O interesse foi tanto que a empresa cresceu.

 

"Alguns projetos começaram a ir além do nosso conhecimento, então sentimos a necessidade de expandir para que eles ficassem mais completos, e suas ramificações, mais abrangentes", conta.

 

Hoje, o estúdio desenvolve, entre outras coisas, peças de roupa, acessórios e sapatos em 3D, modelos virtuais e cenografia digital, além de prestar serviços de consultoria para companhias que buscam entrar no universo digital. A equipe da empresa inclui desde designer gráfico até arquiteto, responsável por criar os ambientes imersivos.

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