Agenda Comum será alavancada pela Cúpula dos ODS em setembro

Uma sessão da Assembleia Geral analisou nesta segunda-feira a estratégia Nossa Agenda Comum e abordou a Cimeira do Futuro de 2024.

Uma das questões mais salientes no discurso do secretário-geral foi a Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. O evento está agendado para a semana de alto nível com a participação de chefes de Estado e de governo, em setembro.

Um ano e meio

António Guterres repetiu o apelo aos países do grupo das principais economias globais, G20, para que concordem com um estímulo global aos ODS de pelo menos US$ 500 bilhões por ano para apoiar os países do Sul Global, até a Cúpula de setembro.

O secretário-geral falou da passagem de um ano e meio após a publicação do seu relatório Nossa Agenda Comum.

No pronunciamento aos 193 Estados-membros, ele apontou um ano de progressos importantes com o avanço em perdas e danos em negociações climáticas e o reconhecimento do direito a um meio ambiente limpo, saudável e sustentável.

Para Guterres, a Cúpula da Educação Transformadora, o Acelerador Global de Empregos e Proteção Social, que reuniu o grupo das 20 principais economias globais, e a criação do Escritório da Juventude da ONU são passos significativos para as mudanças necessárias.

Armas nucleares

O chefe da ONU declarou, no entanto, que o mundo deve ir mais a fundo em temas como  clima, conflito, desigualdade,  insegurança alimentar e armas nucleares para a quais se está mais perto do limite do que nunca.

Segundo ele, os mecanismos coletivos de solução de problemas não acompanham o ritmo ou a escala dos desafios.

O líder da ONU defende que as atuais formas de governança multilateral foram criadas para o passado e “claramente não são adequadas ao momento atual de um “mundo complexo, interconectado, em rápida mudança e perigoso”.

Para o secretário-geral, a fragmentação da resposta global e a fragmentação do mundo se sustentam. Ele destacou que a ocasião era para transformar ideias sobre a Nossa Agenda Comum em ação.

Guterres enfatizou que a estratégia visa turbinar a Agenda 2030 e tornar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável uma realidade na vida das pessoas em todos os lugares.

Recuperação do tempo perdido

Na metade do caminho para 2030, o mundo está muito longe de alcançar as metas globais. Ele sublinhou que a recuperação do tempo perdido envolve abordar “lacunas e desafios que surgiram desde 2015”, incluindo as que se observam na cooperação intergovernamental.

Por isso, a Cúpula dos ODS em setembro é para António Guterres uma peça essencial do trabalho da organização neste ano, e deve marcar um progresso significativo.

O secretário-geral pede que o evento culmine com “uma Declaração Política ambiciosa dos Estados-membros, que deve reconhecer as mudanças de longo alcance necessárias nos níveis nacional e global”.

Fonte: ONU

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