Sustentabilidade: hábito de reciclar o lixo precisa fazer parte do cotidiano das pessoas

O plástico está muito presente no nosso dia a dia, sendo que a maioria dos alimentos consumidos são embalados com o material. Além de cosméticos e vários utensílios. Por isso, ele ocupa o primeiro lugar no ranking dos produtos que mais são encontrados na água.

Segundo a engenheira ambiental, Isis Terra, a forma de pensar na humanidade é linear, desde a fabricação de produtos, consumo e descarte. “Esse de maneira errada acaba em aterros, que pode virar um problema ambiental ao contaminar rios”, explica a engenheira, que diz ser necessário novos hábitos e buscas por materiais que não prejudiquem a natureza.

Uma garrafa pet pode demorar de 200 a 600 anos para se decompor no meio ambiente. Já a feita de papel, é 88% por cento renovável, feita de plástico de cana de açúcar e ainda é reutilizável. As duas cumprem a mesma função, armazenar água. A garrafa reaproveitada, “é hoje a melhor opção, a alternativa mais sustentável para o consumo”, diz a empresária Fabiana Tchalian.

Nos últimos anos, as empresas estão se preocupando cada vez mais em ser sustentável. Seja por meio de leis que proíbem uso de sacolas plásticas em supermercados ou para ganhar incentivos do governo. Além disso, ter o rótulo de sustentável é motivo de orgulho para os clientes que apoiam as iniciativas. Mas a realidade é muito diferente da teoria. Para uma empresa ser sustentável precisa ir muito além.

Em um escritório especializado em encontrar soluções para vários problemas relacionados à sustentabilidade, o empresário Pedro Augusto ressalta que “é preciso olhar como um todo o produto final que se diz sustentável. E será a tecnologia que vai trazer a solução definitiva para o meio ambiente”. Para o sócio da empresa, Pablo do Valle, “todas as embalagens podem ter um fim sustentável, basta buscar soluções para cada item”, finaliza Pablo.

No Brasil, apenas 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo. O índice é muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem. Para o país ser mais sustentável é necessária uma série de mudanças, que envolvem muito investimento.

As tecnologias que trabalham esses resíduos são todas internacionais, o que eleva os custos financeiros. Além das leis que dificultam o processo de implantação no tratamento dos resíduos em empresas. De acordo com Pedro Augusto, “falta um desbloqueio cultural. Precisa ser feito um trabalho com as comunidades, governo e sociedade como um tudo para viabilizar todos os processos necessários”, conclui o empresário.

A busca pela sustentabilidade deve partir de cada indivíduo. Assim, usufruir dos recursos naturais presentes no planeta sem comprometer o uso dos mesmos para as gerações futuras.

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