Presidente de Moçambique fala em exclusivo à ONU News

O presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, está nas Nações Unidas. Ele veio para dirigir o Conselho de Segurança durante o mês de março. Bem-vindo a esta conversa com a ONU News mais uma vez.

FJN: A primeira é a presidência efetiva ou presencial. Nesse aspecto, nós quando fomos eleitos para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas olhamos para o mundo: para a África, para a nossa região e para o nosso próprio país.

Os desafios são enormes, mas quando se trata desses casos é preciso focalizar as matérias para evitar que nos espalhemos e que não resolvamos nada. Então, foi diferente estar aqui.

Quero agradecer às audiências em todos os momentos que tivemos: no primeiro painel, no segundo, incluindo hoje: a presença em nível de estadistas, em nível de secretários de diferentes áreas e de todos os países que estavam aqui conosco a apoiar. Sentimo-nos como um país que pode dar a sua contribuição para a matéria que nós escolhemos. Neste caso, como viu concretamente nos três dias, foi em torno de paz, em torno de não guerra, do combate ao terrorismo e, sobretudo, a paz.

Nós quisemos estar aqui presentes e vender o esforço e trabalho que Moçambique e a África estão a fazer

ON: E mesmo em relação ao antiterrorismo. Como é que está Moçambique? Que passos ainda tem por dar nessa questão e o que sentiu da comunidade internacional?

FJN: Senti muita solidariedade da comunidade internacional. E que também acolheu a informação que nós demos: a maneira como estamos a combater é um caso de estudo que pode ser visto.

Em Moçambique, nós estamos a combater o terrorismo de duas formas ou três formas: como moçambicanos, as Forças de Defesa e Segurança apoiadas pela força local, maioritariamente os veteranos. Mas estamos também a ser apoiados, a partir de 2021, quando foram as tropas de Ruanda em número significativo. Isso é de forma bilateral. E já com a Samim: a Sadc que se organizou com seu apoio e se empenha com força no terreno.

Em 2021 estava uma situação muito forte. Eles (os terroristas) estavam ocupando algumas vilas ao nível da província de Cabo Delgado. Mas, neste momento em que estamos a falar, todas as vidas foram recuperadas.

Não existe uma base fixa do terrorista como no passado tiveram na zona de Kathupa, Siri 1 ou 2. Estão agora a combater o atuar de forma dispersa e com alguma calma. O mais importante é que as comunidades e as populações estão a retornar às suas terras de origem, como por exemplo Palma, Quissanga, Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia.

ON: Falou da cooperação com o Ruanda, um país africano. Existem nações com os quais Moçambique tem afinidade, nomeadamente os lusófonos. Está com o Brasil no Conselho de Segurança. Existe algum acerto para tratar de temas de preocupação nacional como este?

FJN: Existem acordos de cooperação, mesmo antes de surgimento do terrorismo surgir em Moçambique em 2017. Esses acordos prevalecem, em nível da defesa e segurança, e têm a sua contribuição indireta, porque daqueles após o que são feitos com Portugal em treinamento, apoio de formação nas escolas, nas universidades e nas academias. Isso funciona.

Fonte: ONU

https://www.youtube.com/watch?v=cBwr_auv7wI&t=4s

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