Ranking de sustentabilidade: Portugal no 18º lugar

Portugal ocupa o 18º lugar no Índice de Transição Verde (GTI) entre 29 países europeus, que analisa o progresso de sustentabilidade e redução de emissões de carbono com base em sete categorias-chave.

O relatório da consultora Oliver Wyman examina e compara:

  • o progresso na utilização de tecnologias de transição pelas empresas energéticas;
  • o grau de sustentabilidade ambiental do sistema económico de cada país;
  • as emissões da indústria transformadora;
  • a qualidade ambiental dos transportes;
  • a sustentabilidade dos edifícios;
  • o grau de circularidade na gestão de resíduos;
  • o nível de conservação da natureza.

Portugal alinhado com a média europeia 

O Índice de Transição Verde situa Portugal na posição 18 em 29, com uma pontuação de 48,0 em 100, quatro lugares atrás da sua vizinha Espanha.

Embora seja evidente que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a sustentabilidade total, Portugal destaca-se positivamente nas categorias de Edifícios e de Energia, nas quais surge em segundo e quinto lugar, respetivamente.

Contra as expectativas, os edifícios prevalecem 

O GTI verifica que Portugal encontra-se no topo da lista na categoria de Edifícios, juntamente com os Países Bálticos e a Europa Ocidental, destacando-se pela utilização de energias renováveis para aquecimento doméstico (segunda posição, com 57%), e pelo consumo de eletricidade per capita (oitava posição).

Portugal contraria a tendência dos países ocidentais nesta categoria, que têm um fraco desempenho nas energias renováveis, dependendo fortemente dos combustíveis fósseis no aquecimento residencial.

Renováveis em destaque 

No que diz respeito à energia, o peso das energias renováveis na produção de eletricidade é também determinante para a boa classificação de Portugal, assim como a dimensão de projetos em tecnologias de transição energética, em relação ao PIB total.

Portugal classifica-se na segunda posição em dimensão de projetos de hidrogénio verde em relação ao PIB (cinco vezes a média dos países europeus em 2021), e a quinta posição em capacidade dos projetos de armazenamento relacionados com baterias. Neste aspeto lidera a Alemanha, com quatro vezes mais capacidade.

No entanto, Portugal não apresenta ainda nenhum projeto CCS (Captura e Armazenamento de Carbono).

A gestão de resíduos deixa a desejar 

Relativamente à categoria Gestão de Resíduos, Portugal encontra-se nas piores posições do ranking, com resultados negativos nos três indicadores:

– 27º em termos de resíduos gerados per capita: 0.51 toneladas (22% acima da média);

– 26º em termos de taxa de circularidade: 2% (vs. 20% em países líderes, como a Holanda, Bélgica, França e Itália);

– 26º no que toca aos resíduos depositados em aterros per capita: 265kg em 2020 (81% superior à média).

Conservação da Natureza em baixa 

O desempenho de Portugal referente à Conservação da Natureza é semelhante ao dos restantes países do sul da Europa, com uma performance excecionalmente baixa no indicador de áreas marinhas e terrestres protegidas, ocupando o último lugar com apenas 3% de território protegido da área total do país, sendo a média europeia de 17%.

Fonte: Lider

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