A difícil missão de medir a sustentabilidade

Reportar um elevado número de indicadores de sustentabilidade está a pôr uma enorme pressão nas organizações, que se veem perdidas no meio de tanta regulamentação e exigência. Um processo difícil que precisa de fazer o seu caminho.

Medir os critérios ambientais, sociais e de governação (ESG, sigla em inglês) de uma empresa ou organização requer analisar uma multiplicidade de critérios, que abarcam todos os dados não financeiros dessas mesmas entidades. E esta começa logo por ser a primeira grande dificuldade. "Temos de medir muitas coisas num banco e não há um indicador, há uma variedade enorme de indicadores que tornam esta tarefa muito complexa e difícil", começou por referir José Maria Brandão de Brito, responsável pela Direção de Estudos Económicos, Criptoativos e Sustentabilidade do Millennium bcp. No painel de debate "Como medir a sustentabilidade", da conferência ESG do Negócios dedicada à governação, Brandão de Brito chamou a atenção para a muita regulamentação que existe e também que falta facilitar soluções às empresas para empreenderem esta tarefa.

"Como vamos conseguir gerar este número quase infinito de informação? O esforço tem de ser coletivo, tem de estar também na parte das soluções e não só na parte das exigências", defendeu. Porém, tal como aconteceu com a obrigatoriedade de reporte de indicadores financeiros no passado, o responsável acredita que "os standards irão aparecer naturalmente", sublinhando, no entanto, que "muitas vezes não sabemos que dados recolher".

Fonte:https://www.jornaldenegocios.pt/

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